quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Arroz integral com abobrinha vegano



Combinei com o meu irmão, vegetariano, quase vegano, de fazer pelo menos uma refeição vegana por semana. Não comer carne é fácil perto de não comer carne, leite, ovos, mel.... beem difícil. Atualmente eu penso que eles são um pouco radicais. Mas também eu penso que várias coisas que são radicais hoje podem não ser daqui um tempo. Eu concordo com toda a crítica em relação aos maus tratos dos animais, principalmente em relação ao sistema de produção. Porém, não acho que os seres humanos não deveriam se alimentar de outros animais. Acho que deveríamos é inventar novas formas de produzir esses alimentos, causando o menor sofrimento possível.

(Para quem quiser saber mais sobre o veganismo aqui tem um vídeo bem bonitinho sobre o assunto, o filme Vegana, produzido pelo Instituto Nina Rosa).

De qualquer forma, se eu fizer pelo menos uma refeição vegana por semana já estou contribuindo com alguma coisa. Além disso, não usar nada de origem animal obriga você a ter idéias novas e fazer comidinhas diferentes e gostosas! A receita que fiz essa semana foi para aproveitar o recheio da receita passada (eu fiz o dobro do que escrevi, metade usei lá e a outra metade aqui, no dia seguinte hehe..).

Fiz assim:

Misturei em uma tigela: meia abobrinha ralada, um quarto de cebola e meio tomate picadinhos. Juntei um punhado de uvas passas e temperei com gersal (sal + gergelim) e mais um pouco de sal.

Refoguei essa mistura em um fio de óleo de milho, acrescentei duas xícaras de arroz integral e deixei fritar um pouco (minha mãe disse que a mãe dela dizia: o arroz quanto mais fritar, melhor fica. Então eu sigo esse mandamento, porque vó e mãe entendem de cozinha!).

Acrescentei água até passar mais ou menos dois dedos do arroz. Coloquei mais um pouco de sal, mexi e deixei cozinhando por meia hora. Sei que todo mundo diz que precisa usar água quente pra fazer arroz, mas eu nunca usei e sempre deu certo. Além disso, coloco a água no olhômetro e vou experimentando pra ver quando está bom. Quando a água seca eu coloco mais um pouco. O que eu sigo à risca é não mexer durante o cozimento. Se precisar de mais sal, dissolvo antes num copo com um pouco de água e jogo por cima do arroz cozinhando..

No prato, polvilhei o arroz com gersal e servi com salada de alface e um tomatinho cereja. Muito bom! :-)

domingo, 23 de janeiro de 2011

Torta-suflê de milho com recheio de abobrinha

Uma das coisas que mais me incomoda em receitas é a palavra "despreze". Tipo, "descasque a berinjela e despreze a casca" ou "retire a semente do tomate e despreze". Toda vez eu fico pensando: que mal há na semente e na pele do tomate?!?! Talvez algum gourmet possa me explicar... mas como eu sou apenas uma reles mortal, me dou ao "luxo" de usar meus tomates inteiros, de não descascar a berinjela etc etc etc...

Quando a gente joga uma coisa fora não está jogando apenas a coisa, mas toda a energia que foi gasta para produzi-la, a terra que foi desmatada para a coisa ser plantada, os adubos, os (infelizmente) agrotóxicos que foram usados, todos os impactos disso, o transporte do produtor ao distribuidor, do distribuidor ao supermercado, do supermercado até a nossa casa, a água que usamos pra lavar, o trabalho que tivemos para fazer (caso estejamos jogando fora uma comida pronta). Enfim, parece papo de eco-chato, mas são fatos!

Tudo isso para dizer que eu resolvi fazer uma sopa cremosa de milho, receita da La Cucinetta, que, aliás, se preocupa com isso também! Mas... na receita manda bater o milho, alho, azeite no liquidificador, coar e jogar o que ficou na peneira fora. Eu até ia fazer isso, porque com a minha mania de aproveitar tudo acabei estragando algumas receitas, mas na hora eu não me conformei de jogar aquilo tudo fora. Resolvi guardar num pote e congelar.

E usei para fazer essa receita, que era pra ser uma torta, mas que ficou tão cremosa como um suflê:

Para o recheio usei meia abobrinha ralada, um quarto de cebola e meio tomate picadinhos. Juntei um punhado de uvas passas e temperei com gersal (sal + gergelim) e mais um pouco de sal.
 
Para a massa, bati no liquidificador aproximadamente uma xícara e meia da sobra da sopa de milho (que bem poderia ser o milho inteiro, pra quem não pretende fazer a sopa), uma xícara e meia de farinha de trigo branca, um ovo caipira grande, uma xícara de café de azeite, aproximadamente uma xícara de soro de leite (sobra da coalhada de sempre, mas que também pode ser substituído pelo próprio leite) e duas colheres de sobremesa de fermento químico - esse é o tamanho da colher que entra no potinho!!! Na massa eu não coloquei sal, mas achei que faltou.


Por fim, untei a forma com azeite, despejei uma parte da massa, o recheio e o resto da massa por cima, salpiquei com gergelim preto, que apesar de eu usar em tudo não acaba nunca! Assei em forno médio, pré-aquecido, por aproximadamente 40 minutos. E não deu pra sentir nenhuma casquinha de milho! ;-)

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Prato de ano novo: risoto de camarão

Bem, esse prato não é econômico, nem sustentável e também não é a coisa mais saudável do mundo... MAS.... também acho que datas especiais merecem comidas especiais! Antes de preparar, eu procurei algumas receitas, mas... decidi fazer a minha, que foi assim:




400 gramas de camarão limpo - sem casca e sem tripa (precisa dar uma última limpadinha, mas é muito prático!)
Um limão
Sal
Dois dentes de alho picadinhos
Duas colheres de manteiga sem sal
Um pouco de azeite
Meia cebola grande beeeem picadinha
Um tomate bem picadinho
Aproximadamente 300 gramas de arroz para risoto (isso deu muito risoto! Umas 8 porções de gente gulosa!..)
O resto de champagne do dia anterior (mais ou menos 1/2 copo, pode ser vinho branco, claro!)
Um tabletinho de caldo de legumes + um saquinho de tempero para arroz dissolvido em aproximadamente dois litros de água
Duas colheres de creme de leite
Cebolinha para decorar


Primeiro eu deixei o camarão no tempero de limão, alho picadinho e sal por mais ou menos uma hora. Como eu comprei o camarão limpo, não tinha como fazer o caldo de camarão com as cascas e cabeças, então a solução foi: refoguei o camarão na manteiga e um pouco de azeite por três minutos (sim, é muito rápido, senão o camarão fica duro!). Quando coloquei o camarão na panela pra refogar acrescentei todo o caldinho que ele soltou na marinada. Depois, retirei apenas o camarão da panela e acrescentei o líquido restante em outra panela em que já havia dissolvido o tablete de caldo de legumes e o saquinho de tempero pronto para arroz. Esse foi então o caldo que usei para cozinhar o risoto. 

Ainda na mesma panela do camarão, acrescentei mais uma colher de manteiga e um pouquinho de azeite, fritei a cebola e depois juntei o tomate picado. Acrescentei o arroz, e em seguida o champagne. Depois da bebida reduzida, fui acrescentando o caldo aos poucos. A partir dessa fase não se pode mais parar de mexer pois senão o arroz gruda no fundo da panela. Quando o arroz absorve todo o caldo é hora de colocar mais. Assim foi, até o arroz ficar al dente, o que coincidiu com o término do caldo. No final, misturei os camarões cozidos e duas colheres de creme de leite. Por cima, joguei a cebolinha picada.


HUM.... FELIZ ANO NOVO! :-)