quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Bolinho de arroz de forno ou Torta de arroz ou Acabe-com-tudo-que-você-tem-sobrando-na-geladeira

Sim hoje já é dia 22 de dezembro, mas não, essa não é uma receita natalina! Masssssssssssssssss.... pode ser um destino para as sobras da ceia, que geralmente são muitas!!

Eu sempre quis encontrar uma solução para o bolinho de arroz que, na minha opinião é um jeito delicioso de reaproveitar arroz pronto, mas... é frito - ou seja, nada saudável... e bem engordation.. eu tentei algumas vezes fazer uma versão assada do bolinho, mas nunca ficou bom de verdade... até que.... ao invés de bolinhos, resolvi experimentar fazer uma coisa tipo torta, assada! E deu MUITO certo! Já fiz duas vezes, com dois recheios diferentes, sempre aproveitando as sobras da geladeira. Modéstia à parte, eita idéia boa que eu tive! ;-) (estou até com medo de procurar isso no google pra ver se alguém já tinha inventado... hehehe!)

De novo, é bom tomar cuidado com o tamanho do "bolinho" pra você não acabar jogando mais ingredientes fora do que aproveitando...

Eu usei mais ou menos duas xícaras de arroz cozido. Acrescentei meia cebola picada, um ovo caipira, um pouco de óleo de milho (pode ser qualquer um que você preferir) e também um tantinho de leite. Eu bati essa mistura no mixer. Acho que pode ser também no liquidificador ou mesmo não bater e deixar os grãos de arroz inteiros. À essa mistura acrescentei aproximadamente uma xícara e meia de farinha de trigo (eu usei aquela que já vem com fermento) e aproximadamente meia xícara de farinha de mandioca, além de sal e ervas.

Eu acho que se você colocar apenas essa massa pra assar já fica super gostosinho! Mas, eu recheei tipo uma torta. Fiz duas versões:

Uma com a sobra de cachorro quente: coloquei numa forma untada com óleo metade da massa, depois acrescentei salsichas cortadas em fatias finas e cobri com o restante da massa. Por cima, joguei o resto da batata-palha, também sobra do cachorro quente! Eu sei.. salsicha também não é a coisa mais saudável do mundo, mas ficou ÓTEMO! :-)



A outra versão eu fiz com carne moída pronta, outra sobra. Por cima da carne, antes de cobrir com a outra metade da massa eu coloquei rodelinhas de banana. Ficou muito interessante, mas é pra quem gosta - como eu! Depois de cobrir o recheio, por cima da massa polvilhei um pouco de farinha de mandioca e gergelim preto. Eu tive apenas um problema com esse recheio: ele ficou muito úmido.. e como eu coloquei em uma forma mais rasinha o recheio fervia enquanto o "bolinho" assava e sujou todo o meu forno. Então, melhor usar uma forma mais profunda!



Feliz Natal! :-)

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Ramequim de shimeji - o meu prato gourmet

Esse foi o prato mais "gourmet" que já preparei! E o melhor: é facílimo!

Tenho que confessar que me inspirei em um prato (que não experimentei, mas fiquei com muita vontade) de um restaurante super charmoso aqui de São Carlos: o Bistrô da Rua Sete. Mas, claro, fiz minhas adaptações...

A preparação consiste em nada mais do que purê de batatas "recheado" de shimeji servido no ramequim. Para fazer dois ramequins usei três batatas médias. Cozinhei as batatas, passei pelo espremedor e voltei ao fogo misturando 1 colher de margarina e leite. O purê deve ficar consistente. Para o "recheio", usei  200 gramas de shimeji que fritei na manteiga com shoyo. Depois, preenchi cada ramequim com uma parte de purê, depois o recheio de shimeji e mais purê por cima. Para finalizar coloquei uma colher de creme de leite. Levei ao forno por uns 20 minutos.







AH! Preciso fazer uma ressalva de que esse prato fotografado é o do Leo e para ele eu coloquei também um queijinho picado por cima. (Apesar de ele insistir em chamar meu shimeji de shitake, eu fui boazinha! hehe) Como sobrou um pouquinho de cogumelo, servi ao lado do ramequim para encrementar a decoração do prato!

Nota rápida - tabule de salada

Depois de tantos dias sem postar nada, finalmente arrumei tempo e inspiração para escrever! Essa nota rápida, apesar de rápida, tem tudo a ver com a idéia inicial desse blog: mostrar minhas experiências culinárias tentando aliar consumo responsável/sustentável, economia, aproveitamento de alimentos e alimentação saudável... Não que eu siga todos os dias esses princípios... aliás, uma das coisas que mais gosto de comer é batata frita! Mas... eu procuro seguir pelo menos algumas dessas idéias quando vou pra cozinha...

Enfim, vamos à "receita"!

A situação inicial era uma salada (de alface americana e cenoura) de ontem na geladeira e a falta de vontade de repetir a dose... então, para reformar a salada piquei o alface em tirinhas e acrescentei trigo (desses para quibe e tabule mesmo) que deixei previamente de molho na água por meia hora. Por sorte eu também tinha pepino e hortelã em casa, o que fez a salada ficar com mais cara de tabule. De qualquer jeito, achei uma ótima idéia para dar uma animada em qualquer salada! No final, temperei com sal, azeite e suco de limão.



É preciso tomar cuidado para não exagerar na quantidade de trigo. Pois assim, o que era para ser uma solução vira um problema, pois a saladinha vira um saladão e aí pra você dar conta e não jogar fora - afinal esse era o intuito - fica bem mais difícil! Bom, eu não tomei cuidado suficiente, mas para minha surpresa, no dia seguinte o tabule de salada estava ainda mais gostoso!  :-)

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Bruschetta

Essa é uma ótima opção para quando você não tem quase nada em casa e mesmo assim quer fazer alguma coisa diferente... A receita original leva apenas tomate e manjericão, por cima de um pãozinho italiano - que pode muito bem ser outro. Isso mesmo, eu não esqueci do queijo parmesão por cima NÃO! Acontece que a receita original não leva queijo. Uma vez fui a um restaurante italiano bem tradicional e o garçom explicou que a mania de colocar queijo por cima de tudo é brasileira e não italiana! AH! Fiquei tão feliz com essa informação! Lá eles serviam bruschetta sem queijo por cima sem eu precisar pedir para que fosse assim! Quem disse que eu não posso comer comida italiana, hein?? :-)

Bom, mas é claro que eu também tive que mudar a receita original, uma porque eu não consigo seguir uma receita à risca e outra, porque eu não tinha manjericão em casa.. mas tinha hortelã fresco! Deu super certo!

Usei dois pães franceses cortado em fatias no sentido longitudinal - na direção do maior comprimento
Um tomate
Meia cebola média

Piquei o tomate e a cebola em cubinhos, misturei os dois e temperei com um pouquinho de azeite, sal, pimenta do reino e um mix de ervas. Além disso, acrescentei folhas de hortelã frescas picadas. Coloquei  essa mistura por cima das fatias do pão e levei ao forno por uns 15 minutos - mas esse tempo deve variar para cada forno...

Depois de retirar do forno, reguei cada fatia com azeite extra virgem. Deixei para colocar a maior parte do azeite depois porque, pelo que sei, o azeite só é gordura boa enquanto não vai pro fogo...

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Sopa de ervilha deliciosa!!!

Ultimamente um dos passeios que mais me agradam é ir ao mercado! Estive nesse fim de semana no Mercado Municipal de Campinas - passeio organizado pelo meu irmão.. e fiquei alucinada com tantas sementinhas diferentes, castanhas, frutas secas etc etc... Entre outras, uma coisa tão simples me encantou: ervilhas! E olha que a sopa ficou boa mesmo, a melhor que eu já fiz! E foi assim:

Eu não escolhi, mas lavei as ervilhas num escorredor... não sabia se precisava ou não, mas achei que devia lavar e não escolher! Fritei vários dentinhos de alho orgânico, o equivalente a 2-3 dentes de alho "normais" em uma colher de margarina, porque era a única coisa para fritar que eu tinha em casa. Coloquei a ervilha na panela, dei uma fritadinha nas sementes, como se fosse arroz, acrescentei água cobrindo os grãos com uns 2 dedos e deixei cozinhar por quase uma hora. Ao longo desse tempo, tive que acrescentar mais água, previamente deixada para ferver para esse fim. Também acrescentei sal e noz moscada ralada na hora. Depois de desligar o fogo, deixei esfriar um pouco, bati tudo no liquidificador, em pequenas quantidades para não fazer pastiche!!

Usei 500g de ervilhas secas, porém isso deu muuuuuito creme. Separei metade para congelar, do jeito que estava. Na mesma panela em que eu fiz a sopa, para economizar louça-pra-lavar-depois (técnica aprendida com a Mama!), coloquei mais uma colher de margarina e um pedaço de bacon cortado em cubos. Depois que o bacon estava frito, a metade não congelada do creme de ervilhas voltou para a panela. Experimentei, e achei que poderia por mais sal e noz moscada, muita noz moscada!

A sopa foi servida acompanhada de um sanduíche de (meio)metro, também delicioso, preparado pela minha mãe. Eu disse que ela tem que postar a receita aqui! :-)



O único porém que encontramos foi que o bacon ficou meio borrachóide.. Acho que eu devia tê-lo fritado por mais tempo. Além disso, os vegetarianos podem dispensá-lo sem grandes prejuízos. Aliás, a metade congelada, sem bacon está esperando o irmão vegetariano para um jantar aqui em casa! ;-)

domingo, 14 de novembro de 2010

Café da manhã hippie - Chapati

Acabo de descobrir via google que o chapati é um pão indiano e que se escreve com CH! Eu aprendi a fazer com um pessoal hippie que conheci e por isso, pra mim, ele é um pão hippie! Eu acho delicioso, facílimo de fazer e uma ótima opção para o café da manhã quando o pão acabou! É um pão crocante, sem gordura, feito com várias farinhas e sementinhas - nutritivo e saudável! O único porém é que fica delicioso com manteiga por cima!

Eu sempre fiz tudo no olhômetro e com o que tinha em casa... mas hoje tive que medir para postar no blog! E justamente hoje eu tb não tinha farinha integral em casa, então compensei com aveia... Eu fiz assim:


Em uma tigela juntei:
3 colheres de sopa cheias de farinha de trigo branca
1/2 colher de sopa de farinha de milho
2 colheres de sopa de aveia em flocos
1 colher de sopa de semente de linhaça
1 colher de sopa de gergelim preto
4 colheres de sopa de água filtrada

Misturei tudo, primeiro com uma colher, depois com a mão na massa. A idéia é ir acrescentando farinha ou água aos poucos até que a massa desgrude facilmente das mãos. Com ela, fiz quatro bolinhas que abri com rolo de macarrão formando um disco, como uma panqueca ou um pão sírio. Sem colocar nenhum óleo na frigideira, mas usando uma antiaderente, coloquei os discos para "fritar", de um lado e do outro. Acho que a maior dificuldade é ponderar o momento em que a massa já cozinhou e e ainda não queimou. Quanto mais fininhos forem os discos, mais crocante fica o chapati! Acho que essa quantidade é boa para uma pessoa - eu pelo menos comi tudo sozinha! Além da manteiga, pode ser servido também com coalhada seca ou outro patê.

Algumas observações: 
Até a semana passada eu não tinha rolo de macarrão. Sempre abri a massa de chapati usando um copo!!! Também já vi o pessoal hippie usando um cano de PVC. Funciona perfeitamente! E se vc estiver acampando e não tiver nada disso, abre com a mão que tb dá certo!!!!

Você pode usar as farinhas que quiser ou as que tiver em casa. Bom mesmo e mais tradicional é usar farinha de trigo integral no lugar da branca. A farinha de milho é totalmente invenção da minha cabeça! Pode ser dispensada ou, aumentando sua quantidade, o chapati fica mais amarelinho e com gostinho de salgadinho de milho! 

Eu aprendi a fazer chapati no fogão a lenha... é oooooooutra coisa!!!!!! Se você tiver a sorte de ter um, aproveite!

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Pão de temperos - esse sim!!!

Embora eu tenha publicado os pãezinhos recheados de coalhada, confesso que fiquei frustrada porque eles não cresceram e nem assaram como deveriam... Então, decidi fazer outro pão para provar pra mim mesma que eu serei capaz de continuar a fama da minha mãe na família... Pensei: vou seguir certinho a receita, sem tirar nem por! E... é lóóóóógico que eu não segui!!!!! Mas... esse deu certo! Achei apenas que ficou um pouco forte. Melhor para servir num lanche da tarde do que no café da manhã. Apesar que eu comi no café da manhã, sem manteiga, sem nada e achei ótemo! :-)

Essa foto foi o André que tirou

A receita é quase a mesma do pãozinho anterior... mas com modificações:

-Usei 1 copo e 1/2 de soro de leite morno - a receita pede leite mesmo, mas eu usei o que ainda tinha sobrado da coalhada - que eu congelei
-2 colheres de sopa de margarina - dessa vez eu caprichei na colherada!
-1 colher de óleo
-Sal e açúcar - coloquei pitadas mais generosas
-Também aumentei o fermento: 2 colheres de sopa com chorinho e tomei cuidado para misturá-lo depois de colocar um pouco de farinha para que não encontrassem direto o soro quentinho..
-A novidade: mais ou menos 1/2 maço de cheiro verde - orgânico
-Aproximadamente 1/2 Kg de farinha - branca e integral, mas dessa vez, mais branca do que integral

Deixei crescer por duas horas. Dessa vez fiz um pãozão inteiro. Coloquei para assar  no forno a 200 graus por aproximadamente 50 minutos.


Mãe e irmão aprovaram! ;-)

domingo, 31 de outubro de 2010

Conserva de limão e ovo no ramequim

Assisti a esse vídeo do Mark Bittman na TV Estadão, e corri pra cozinha pra fazer o teste. Eu achei muito interessante! Mas tem que gostar mesmo de limão!! Só que é claro que a minha conserva saiu à la Mayla, ou seja à la o-que-temos-na-cozinha. Eu fiz assim (com a ajuda do Leonardo, que foi quem me mostrou o vídeo!):

Como não tinha limão orgânico, muito menos limão siciliano, raspamos a casca de um limão comum, taiti. Cortamos em cubinhos e colocamos num pote de vidro com duas colheres de café de açúcar e duas colheres de café de sal. Tampamos, chacoalhamos e deixamos descansar por 20 minutos.





Servi por cima de uma saladinha de folha de alface cortada em tirinhas. Junto com a salada, preparei uma receita muito simples e gostosa que eu descobri em algum site que já não me lembro porque faz muito tempo. Trata-se de um ovo feito no forno. A receita original leva creme de leite, dessa vez eu usei iogurte e achei que não deixou nada a desejar. 

Coloquei dois ovos caipiras em um ramequim. Por cima, duas colheres de iogurte natural feito em casa, sal, azeite e orégano seco. Coloquei o ramequim no forno pré-aquecido, dentro de uma assadeira com água por mais ou menos 40 minutos. Nesse tempo, a gema ainda estava molinha, mas a clara tinha endurecido. Saboreei com a salada de alface com conserva de limão e torradinhas integrais (essas, industrializadas!).








quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Coalhada caseira + caldo de legumes = pãezinhos recheados


Quando experimentei os pãezinhos logo depois de tirá-los do forno pensei: esses não poderão ir para o blog.. fiquei super chateada de errar pela n-ésima vez o pão que minha mãe faz com a maior facilidade, à olho e fica delicioso! Porém, depois de deixá-los esfriar e receber alguns elogios familiares, decidi que eles mereciam um post e umas fotenhos...!


Réstia de alho orgânico (que máximo!)
Tudo começou com uma coalhada caseira (sim, essa é a coisa mais parecida com queijo que eu como!). Eu tenho uma iogurteira muito prática, elétrica. É só misturar delicadamente um potinho de iogurte natural com 1 litro de leite, que pode ser desnatado, e deixar ligada na tomada por aproximadamente 12 horas. Pronto! Você tem iogurte feito em casa, super econômico, natural, gostoso e saudável! Para fazer da segunda vez você nem precisa comprar outro potinho de iogurte, pode aproveitar o próprio iogurte caseiro para misturar a mais 1 litro de leite e fazer de novo mais iogurte! Só que, muito mais do que o iogurte, eu gosto mesmo é da coalhada que faço dele. Para isso, eu coloco o iogurte para coar em um filtro de papel, dentro de um suporte - desses de café (eu tenho um só pra isso). Quanto mais tempo ficar secando, obviamente, mais seca a coalhada! :-) É legal temperar com um pouco de sal para durar mais tempo na geladeira. Eu costumo servir sempre com um fio de azeite. Mas dessa vez eu resolvi dar uma encrementada: fervi uns 5 dentinhos de alho orgânico com casca, descasquei, amassei com um garfo e acrescentei à coalhada. Ficou muito boa! E... uma coisa muito interessante é que o soro que sobra da "secagem" da coalhada pode ser usado para outras receitas!


A segunda história dessa receita vem do caldo de legumes. Por acaso encontrei esse post no La Cucinetta e achei o máximo fazer o caldo de legumes com cascas e talos. A única coisa é que eu não segui as orientações da Ana e coloquei cascas e talos de beterraba, sabendo das consequências: caldo totalmente vermelho! Mas como eu ando anêmica, achei que seria até bom ter caldo de legumes vermelho! Eu coloquei também duas batatas, uma cebola, alguns dentinhos de alho e uma cenoura. Depois do caldo pronto, retirei os talos e cascas, que joguei fora e separei os legumes inteiros. A minha intenção era fazer uma sopa com eles. Fiz, mas ficou muito forte por causa da cebola inteira que eu tinha colocado. O Leo, que não gosta de sopa, disse: "isso parece mais um creme de passar no pão". Nesse momento no meu cérebro acendeu uma lampadazinha de idéia!

Enfim, chegamos ao pão! A receita, como eu disse, é da minha mãe, mas é claro que eu não ia seguir à risca... Eu fiz assim:

1 e 1/2 copo de soro (da "secagem da coalhada") morno
1 colher de sopa de óleo
2 colheres de sopa de margarina
1 pitada de sal
1 pitada de açúcar
1 e 1/2 colher de sopa de fermento para pães seco
aproximadamente 1/2 Kg de farinha de trigo- metade branca, metade integral

Juntei os ingredientes nessa ordem numa bacia e amassei, acrescentando as farinhas aos poucos até que a massa desgrudasse, com alguma dificuldade, das mãos. Separei em 8 bolinhas e deixei crescer por 2 horas.

Fiz dois formatos de pão:
O primeiro eu abri a massa com a mão mesmo, formando um quadrado. Passei por cima da massa uma camada do creme de beterraba (a ex-sopa do caldo de legumes!) e uma camada de coalhada com alho e enrolei como um rocambole. Pinceleii azeite por cima.
O segundo eu fiz bolinhas pequenas, abri a massa na mão, mantendo o formato redondo, Coloquei no centro uma colherzinha de café de coalhada e fechei a bolinha. Por cima coloquei um tequinho de coalhada, um fiozinho de azeite e gergilim preto.
Enquanto os pães estavam no forno, mudei tanto a temperatura que nem vale a pena comentar!

E assim nasceram esses pãezinhos!

O enroladinho com creme de beterraba e coalhada

O redondinho com coalhada no meio e gerligim por cima

domingo, 24 de outubro de 2010

Experimentando...


Estou numa fase gourmet e resolvi experimentar ter um blog também. Tenho que confessar que essa inspiração veio do blog da Ana Elisa, mas penso que nunca chegarei à qualidade do dela, porque ela é profissional! :-)

Eu sempre tento aproveitar ao máximo cada talinho de verdura e raspar todo o pote por horas até não sobrar nada.. e acho um absurdo o desperdício enorme dos programas de culinária. Isso eu devo ter aprendido com a minha vó que também é assim! Às vezes eu me ferro com isso.. pq quero aproveitar alimentos inaproveitáveis! Mesmo assim ainda nao desisti de não jogar comida fora! Outra coisa que tenho tentado fazer é comprar alimentos orgânicos. Vou a uma "feirinha" que acontece toda semana e compro direto do produtor! Inclusive ovos caipira e pães muito bons e integrais de verdade (os industrializados tem uma quantidade minúscula de farinha integral..)! Ah.. outra coisa com o que me preocupo é com a economia... isso porque eu não tenho dinheiro para comprar coisas absurdamente caras... e também não tenho uma cozinha equipada (AINDA!), então preciso me virar com o que está disponível!

Por fim, apesar de ser simpatizante dos vegetarianos, eu adoro comer carne! Mas tenho uma restrição muito séria e inexplicável: eu não como queijo. Apenas pão de queijo - que eu adoro e por isso a restrição é inexplicável, mas só. Eu não tenho alergia... nem nada... eu tenho uma repulsa imensa e não consigo colocar queijo, em todas as suas formas, na boca nem que me paguem! Alguns dizem que é frescura e eu assumo: é mesmo e pretendo viver com ela pro resto da minha vida apesar dos transtornos que isso me causa e do apelo de muitos para que isso não ocorra.

A idéia é compartilhar com quem quiser ler esse blog as minhas experiências culinárias... Ultimamente tenho tido mais erros do que acertos - o que me deixa muito irritada!!! Mas vou colocar aqui apenas as coisas que, na MINHA opinião, deram certo! hehehe :-)

A foto aí de cima é o meu primeiro "prato gourmet". Fiquei muito feliz em comprar pratos quadrados! Fazem qualquer coisa parecer gourmet! E outra coisa que eu achei muito charmosa e descobri há pouquíssimo tempo foi o ramequim - pra quem nao sabe, esse potinho de cerâmica que vai ao forno.

Nem sei se deveria falar da receita desse prato, mas é que eu achei a foto tão bonita que não queria deixar de publicar como primeiro post! Aliás, foi meu namorado - o Leo - que tirou a foto. Além disso ele é a minha principal cobaia.

No ramequim temos suflê de cenoura (receita do meu caderninho que tenho desde a adolescência). Eu fiz metade da receita, o que deu certinho para dois ramequins pequenos.

Eu fiz assim:

4 cenouras orgânicas (elas são beeem menores do que as "normais" do supermercado, tipo 1/3 dessas)
Alecrim desitratado (porque eu AINDA não tenho meu canteirinho de ervas)
1/2 colher de margarina
2 gemas e 2 claras de ovos caipira (tb bem menores do que os não caipiras ou os caipiras do supermercado)
1 colher de suco de limão
sal e pimenta

Pré-aqueci o forno e untei os ramequins com a margarina. Descasquei as cenouras, cortei em pedaços grandes e cozinhei no microondas (para não perder os nutrientes na água) por mais ou menos 6 minutos. Processei as cenouras cozidas com o alecrim utilizando um mixer, até virar um purê. Em outra tigela, bati as gemas e misturei o purê a elas, junto com pitadas de sal e pimenta. Bati as claras na mão, com um fuê (nem sei se é assim que escreve!), até eu cansar - a idéia é que sejam claras em neve. A receita fala pra colocar suco de limão e sal para firmá-las e eu coloquei (antes de bater). Juntei as claras pseudo em neve ao purê, coloquei nos ramequins e levei ao forno até crescerem.

O risoto chique "de sobras" (eu nem falei isso pro Leo pra não estragar o clima) eu fiz assim:

Piquei um chuchu orgânico, de tamanho médio, joquei na água fervendo e deixei cozinhar. Ao retirar, coloquei em uma vazilha com água e gelo - aprendi em algum programa, isso mantém a cor dos legumes e impede que ele fique mole demais, pois interrompe o cozimento... Fritei meia cebola picada no azeite, acrescentei alguns dentinhos inteiros de alho orgânico (diretamente da minha réstia de alho de verdade!). Acrescentei um pouco de vinho branco, resto guardado na geladeira, e deixei reduzir. Depois acrescentei dois gomos de linguiça já pronta que eu tinha no freezer e arroz (normal mesmo) também já pronto do dia anterior. Por fim, acrescentei meia caixinha de creme de leite e um pouco de sal.

Para montar o prato, coloquei duas folhinhas de alface lisa e cenoura raladinha no ralo fino e uma folhinha de salsinha em cima do risoto!